VI Seminário de Arquitetura, Urbanismo e Turismo (SAUT) ocorrerá nos dias 08 e 09 de junho de 2022, às 18h, com o tema: Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil, RJ, 2022 / 1922 – 100 anos depois.

Mediadora: Arq. Leila Marques
Professoras extensionistas UNIRIO: Eloise Botelho, Simone Feigelson e Vera Borges
Palestrantes convidados: Carlos Andrade, Carlos Kessel, Cristina Reis, Paulo Knauss e Rute Levy

Realização: UNIRIO – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura
Apoio: Rio Antigo
Transmissão: Arquitetura em Movimento Debates (YouTube e Facebook)
Dia 08/06 – https://youtu.be/dQyLqeqp7x4
Dia 09/06 – https://youtu.be/wCd7nNMUQTI

Link para inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdH8_gcZDehkCNq2jpKXYanh_C1i_0U87lOaaMgcbluoB5oAQ/viewform

Para a comemoração do Centenário da Independência do Brasil, a realização de uma “Exposição Universal” na capital federal foi a mais emblemática das atividades comemorativas então programadas para aquele ano de 1922. Após a grande exposição de 1908, comemorando os 100 anos da abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional, esta seria, sem dúvida a mais ousada das experiências que o Brasil protagonizou. Tal como em 1908, a Exposição de 1922 visava apresentar ao mundo a nova capital brasileira, saneada e urbanizada, a partir das grandes reformas realizadas durante a gestão do prefeito Pereira Passos.


A ideia de se fazer uma Exposição, ainda sem ideia da proporção que tomaria, nasceu em junho de 1920, quando Ralph de Cobham, um empresário estrangeiro, sugeriu ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio a realização de uma “exposição internacional de comércio e indústria” para a comemoração do Centenário da Independência. Apoiando a ideia, o senador Paulo de Frontin, propôs ao Congresso Nacional a liberação de cem mil contos para financiar o evento, o que, certamente, provocou polêmica diante da conjuntura de grave crise financeira pelo qual passava o país. Ainda assim, o Decreto nº 4.175, de 11 de novembro de 1920 foi criado determinando a realização da exposição dentro do programa de comemorações do Centenário. Além da situação financeira não ser das melhores, o grande desafio da Exposição do Centenário foi o de traduzir a vontade de renovação que mobilizava o mundo, sendo esta a primeira exposição internacional realizada após a 1ª Grande Guerra. do presidente Epitácio Pessoa.


As obras de preparação da área prevista para a exposição são um capítulo à parte. Elas acabaram mobilizando toda a população carioca com a demolição do morro do Castelo, dando lugar à construção dos pavilhões e palácios nacionais e estrangeiros. Os altos custos do empreendimento, especialmente em uma época de dificuldades financeiras, são parcialmente razão para a demora na construção dos prédios, muitos só concluídos após a inauguração da exposição, e provocaram polêmica com ataques contundentes à ideia e defesas inflamadas. A ideia de ousada foi reconhecida como um sucesso pois a exposição atingiu seu objetivo de revelar a capacidade do anfitrião de realizar empreendimentos excepcionais, tal como havia sido a Exposição de Saint Louis (EUA), em 1904, onde lagos foram aterrados e rios desviados, donde é trazido o Palácio Monroe que, remontado na atual Praça Mahatma Gandhi, atendeu à exposição onde funcionava o bureau de informações.


A criação da “Avenida das Nações”, que se estendia do antigo Arsenal até o palácio Monroe deu lugar à construção dos palácios nacionais e das representações estrangeiras: Estados Unidos, Argentina, México, Inglaterra, França, Itália, Portugal, Dinamarca, Suécia, Tchecoslováquia, Bélgica, Noruega e Japão. Lamentavelmente de todos esses lindos prédios, apenas quatro resistiram ao tempo e à especulação imobiliária: o pavilhão da Administração (Museu da Imagem e do Som); o palácio da França (Academia Brasileira de Letras); o palácio das Indústrias (Museu Histórico Nacional); e o pavilhão de Estatística (órgão do Ministério da Saúde). Além desses, o Pavilhão de Portugal, foi levado e reconstruído em Lisboa, onde lá se encontra até hoje, tendo abrigado salões de exposição de automóveis dentre outros.


CONVIDADOS